SEM FINGIMENTO
SEM
FINGIMENTO
A necessidade de vender o que faço é tão lógica quanto à de qualquer
pessoa que produz. O que não quer dizer que a vida fique literalmente resumida
a isso.
A necessidade de pintar, desenhar ou aquarelar vem do impulso realçado
pelo mistério a fazer com que a vida seja simplesmente o que ela é sem ficar no
rigor extremado de querer explicação minuciosa para tudo e mais alguma coisa.
A vida necessita de permissão e
se permitir é ir de encontro à liberdade essencial a qualquer um de nós.
A necessidade de negociar a produção artística faz parte do que nos é
oferecido e exigido pela arte. Mas, para negociar arte há de se ter
sensibilidade que nos dignifique enquanto artistas.
Na arte não há espaço para o fingimento.
Belo
Horizonte, 16 agosto 2017
O
INEVITÁVEL
“Tamanho não é documento.” Mesmo desconhecendo a autoria, reconheço
haver neste adágio enorme serventia. Lembro-me dele ao recordar recente
acontecimento trazido pela mais simples e pura indolência de quem parece não
perceber a extensão de certas evidências.
Não importa o tamanho do cão, ou cadela, para a sensatez do uso da
coleira à exposição pública. Aquela senhora, com toda distinção passeava com o
seu cão de raça Pit Bull, sem fazer uso da coleira. Tudo aconteceu na
velocidade de esperto reflexo.
Ao passar com o meu cão Aleph, da raça Boxer, o surpreendente encontro
com o Pit Bull da madame. Será difícil adivinhar a consequência?
Belo Horizonte, 18
setembro 2000
2 comentários:
Oiii!! Muito obrigada pela visita, gostei muito! E gostei muito do seu texto, a parte que mais me encantou foi: "Na arte não há espaço para o fingimento." Pode sempre voltar quando quiser!
Um grande beijo!
Venho deixar um beijinho :)))
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